Orientações sobre tomada de decisão na resposta à covid-19 são atualizadas

João Melo
15/10/2020

Avaliação de riscos e orientações para uso de medidas de distanciamento social são os principais temas abordados pelo documento Estratégia de Gestão – Instrumento para apoio à tomada de decisão na resposta à pandemia da Covid-19 na esfera localdesenvolvido em conjunto por representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O documento foi atualizado e você pode conferir a nova versão aqui.

Diante da emergência por doença respiratória, causada pelo novo coronavírus, o instrumento apresenta uma proposta que visa apoiar os gestores na adoção de medidas de saúde pública, no sentido de reduzir a velocidade de propagação da doença e evitar o esgotamento dos serviços de saúde, especialmente de terapia intensiva.

O documento traz orientações considerando os cenários locais, além de nortear o planejamento de ações na gestão do SUS. Destaca-se que a estratégia a ser adotada em cada território seja adaptada a sua realidade, considerando as informações disponíveis. É importante ressaltar que essas recomendações não inviabilizam a adoção e aplicação de instrumentos estratégicos elaborados pela gestão local, não possuindo, portanto, caráter obrigatório de sua utilização.

“Dentre os diferentes instrumentos para o processo de avaliação de riscos disponíveis na literatura científica até o momento, propõe-se o uso de um conjunto de indicadores que avaliará as ameaças e vulnerabilidades do sistema de saúde no âmbito local, relacionadas à capacidade de atendimento e cenário epidemiológico”, destaca-se no documento, que propõe que a avaliação de risco seja realizada semanalmente pelo gestor local, enquanto a pandemia permanecer.

Veja as estratégias mais efetivas para redução da velocidade de contágio e de óbitos

O documento aponta que as medidas de distanciamento social associadas às demais medidas não-farmacológicas, são, até o momento, as estratégias mais efetivas para redução da velocidade de contágio e de óbitos pela covid-19, assim como para a prevenção do colapso do sistema de saúde. Dentre as orientações descritas no instrumento, que traz dados, gráficos e referências, estão critérios de adoção e avaliação de medidas de isolamento, monitoramento de casos sintomáticos e contatos, reforço de medidas de distanciamento físico, higiene e limpeza em unidades de saúde públicas ou privadas. Além da proteção de grupos vulneráveis, enfatizando a promoção de necessidades básicas, acesso e acessibilidade.

É recomendado também atenção às estratégias de comunicação interna (com profissionais de saúde) com a divulgação de “dados, informações e ações adotadas entre todas as instituições e profissionais envolvidos no enfrentamento da covid-19”. O documento também traz orientações sobre a comunicação externa (com a população): “Recomenda-se comunicação de fácil acesso, regular e contínua sobre as ações, medidas adotadas e situação dos níveis de riscos à população geral, respeitando as comunidades tradicionais, povos indígenas, pessoas com deficiência e as demais que necessitarem de adequação na comunicação”.

Confira também a 2ª edição do Guia Orientador para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 na Rede de Atenção à Saúde.

(Com informações do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems))

Imagem de Fathromi Ramdlon por Pixabay

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